Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
quem não ouve música,
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o "preto no branco"
e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
quem não se permite,
uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante,
desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»
Pablo Neruda
domingo, 2 de agosto de 2009
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Meu querido, amei este poema. Até vou imprimi-lo! Obrigada por mostrares! :)))
ResponderEliminarE tu onde andas nestes arraiais??
Tou à espera de pagares o copo! :P
Vem, vem dançar!
Parabéns pela escolha deste poema.
ResponderEliminarSó um poeta o consegue sentir...
amor,imtimidade e paixão.
Beijinhos
Morre lentamente quem não ama a vida.
ResponderEliminar: )
X@u