segunda-feira, 5 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

De pequeninho, se torçe...



Novas realidades. Novos objectivos. Novos desejos. Novas acessibilidades. Mais competitividade. Mais Trabalho. Menos salário. Menos tempo. Mais rápido. Mais perto. Mais impessoal. Mais tecnológico. Mais generalizado. Adicionar drogas.
Não é preciso mexer. Não necessita de forno nem de frigorífico. Está pronto a servir. Um cocktail poderoso de alienação.
Os pais acordam, tomam o seu banho. Os filhos o seu. Tomam pequeno-almoço (alguns) e vão pôr os meninos à escola (alguns, porque alguns meninos vão de autocarro). Os papás trabalham até cerca das 18h00 (isto se tiverem apenas um emprego) e depois vão para casa ou, eventualmente, apanham os meninos à saída da escola. Estão todos cansados. E rumam ao lar. A mãe vai fazer o jantar. O pai vai ver a bola. Os meninos vão até a rua com os amigos ou então vão para o quarto (quer vão para o quarto ou para a rua, não interessa em qualquer dos casos o que vão fazer).
E é assim o dia-a-dia. Pais vão e vêm. Meninos vão e vêm. Até o dia que os meninos começam a vir mais tarde. Os pais já estão quase a dormir. O diálogo quase não existe. O laço mais forte está quebrado ou gravemente danificado. Não há tempo. Não há cabeça. Está tudo cansado. Está tudo preocupado. E o Benfica? E o Marítimo? A puta da Selecção.
Os meninos vão crescendo mais sós. Mais sem Pais. Mais sem referências. Mais sem o sentido de responsabilidade nem de respeito. Nem por si próprios. E como poderiam? Numa terra onde ninguém é responsável por nada e a culpa morre só (para alguns). Créditos (fáceis de pedir, difíceis de pagar), combustíveis caros, taxas sociais elevadas que não correspondem depois nos serviços prestados à comunidade. O medo sempre presente. Medo de perder o emprego. Medo de ficar sem o carro, sem a casa. E depois a família como fica? Mas… família? Qual família?
Ver conceito de família, para os mais esquecidos

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia#Fun.C3.A7.C3.B5es_de_fam.C3.ADlia

(a estas definições juntar amor).
O resultado é a fuga à realidade. A fuga ao medo. A fuga à solidão. E como? Com drogas, com álcool, com jogo, ostentação… tudo o que sirva para fugirmos à nossa triste realidade.
Se acordarmos cedo, tanto melhor. Ganhamos nós e os nossos queridos e que nos querem bem. Senão, existem locais preparados para as pessoas pararem e acordarem dos seus delírios e recuperarem a esperança.
A Juventude está em plena alienação. Conheça as substâncias e os problemas. Conheça o que se fez, faz e pretende fazer em www.idt.pt.
Caso conheça alguém com problemas de toxicodependência que queira tratar-se e não consegue faze-lo só nem com as fracas e parcas soluções à disposição na nossa Região Autónoma da Madeira, seguem-se os contactos das principais Comunidades Terapêuticas do País.

http://www.fcsh.unl.pt/cadeiras/ciberjornalismo/ciber2000/metadona/metadonacomunidade.htm

Existe uma solução para quem quer parar, mas cá, é muito difícil. Deve ser por sermos em tudo superiores. Droga na Madeira? Nunca ouvi falar. Não temos cá disso. Mais Assaltos? Não. Existe é mais gente a participar e a apresentar queixa. Insucesso escolar e falta de emprego? Afinal somos ou não somos um povo Superior? Enfim. Acabo com uma sugestão. Atrevam-se a procurar soluções para além das Desertas e do Porto Santo.

http://www.idt.pt

http://www.fcsh.unl.pt/cadeiras/ciberjornalismo/ciber2000/metadona/metadonacomunidade.htm

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Wide open space

Abri este espaço a um amigo.
Revelou-me sede de São Vicente e essa portuguesa saudade.