
Novas realidades. Novos objectivos. Novos desejos. Novas acessibilidades. Mais competitividade. Mais Trabalho. Menos salário. Menos tempo. Mais rápido. Mais perto. Mais impessoal. Mais tecnológico. Mais generalizado. Adicionar drogas.
Não é preciso mexer. Não necessita de forno nem de frigorífico. Está pronto a servir. Um cocktail poderoso de alienação.
Os pais acordam, tomam o seu banho. Os filhos o seu. Tomam pequeno-almoço (alguns) e vão pôr os meninos à escola (alguns, porque alguns meninos vão de autocarro). Os papás trabalham até cerca das 18h00 (isto se tiverem apenas um emprego) e depois vão para casa ou, eventualmente, apanham os meninos à saída da escola. Estão todos cansados. E rumam ao lar. A mãe vai fazer o jantar. O pai vai ver a bola. Os meninos vão até a rua com os amigos ou então vão para o quarto (quer vão para o quarto ou para a rua, não interessa em qualquer dos casos o que vão fazer).
E é assim o dia-a-dia. Pais vão e vêm. Meninos vão e vêm. Até o dia que os meninos começam a vir mais tarde. Os pais já estão quase a dormir. O diálogo quase não existe. O laço mais forte está quebrado ou gravemente danificado. Não há tempo. Não há cabeça. Está tudo cansado. Está tudo preocupado. E o Benfica? E o Marítimo? A puta da Selecção.
Os meninos vão crescendo mais sós. Mais sem Pais. Mais sem referências. Mais sem o sentido de responsabilidade nem de respeito. Nem por si próprios. E como poderiam? Numa terra onde ninguém é responsável por nada e a culpa morre só (para alguns). Créditos (fáceis de pedir, difíceis de pagar), combustíveis caros, taxas sociais elevadas que não correspondem depois nos serviços prestados à comunidade. O medo sempre presente. Medo de perder o emprego. Medo de ficar sem o carro, sem a casa. E depois a família como fica? Mas… família? Qual família?
Ver conceito de família, para os mais esquecidos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia#Fun.C3.A7.C3.B5es_de_fam.C3.ADlia
(a estas definições juntar amor).
O resultado é a fuga à realidade. A fuga ao medo. A fuga à solidão. E como? Com drogas, com álcool, com jogo, ostentação… tudo o que sirva para fugirmos à nossa triste realidade.
Se acordarmos cedo, tanto melhor. Ganhamos nós e os nossos queridos e que nos querem bem. Senão, existem locais preparados para as pessoas pararem e acordarem dos seus delírios e recuperarem a esperança.
A Juventude está em plena alienação. Conheça as substâncias e os problemas. Conheça o que se fez, faz e pretende fazer em www.idt.pt.
Caso conheça alguém com problemas de toxicodependência que queira tratar-se e não consegue faze-lo só nem com as fracas e parcas soluções à disposição na nossa Região Autónoma da Madeira, seguem-se os contactos das principais Comunidades Terapêuticas do País.
http://www.fcsh.unl.pt/cadeiras/ciberjornalismo/ciber2000/metadona/metadonacomunidade.htm
Existe uma solução para quem quer parar, mas cá, é muito difícil. Deve ser por sermos em tudo superiores. Droga na Madeira? Nunca ouvi falar. Não temos cá disso. Mais Assaltos? Não. Existe é mais gente a participar e a apresentar queixa. Insucesso escolar e falta de emprego? Afinal somos ou não somos um povo Superior? Enfim. Acabo com uma sugestão. Atrevam-se a procurar soluções para além das Desertas e do Porto Santo.
http://www.idt.pt
http://www.fcsh.unl.pt/cadeiras/ciberjornalismo/ciber2000/metadona/metadonacomunidade.htm
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